Um filme só ganha vida a partir da edição – montagem. Antes disso existem apenas imagens avulsas.
Lev Kuleshov, cineasta Russo (1899-1970), mostrou a importância de considerar a edição (montagem) como o ferramenta básica da arte do cinema. Sua teoria diz que não é o conteúdo das imagens em um filme que é importante, mas a sua combinação.
Kuleshov exemplificou montando um pequeno filme, onde apresentava o rosto sem expressão de um homem, alternado com imagens de um prato de sopa, uma menina e o caixão de uma menina.
O filme foi apresentado ao público que acreditava que a expressão no rosto do homem era diferente a cada vez que ele aparecia, dependendo se ele estava olhando o prato de sopa, a menina, ou o caixão, mostrando uma expressão de fome, desejo ou tristeza, respectivamente. Na verdade, a expressão do homem era a mesma sempre.
A explicação é que os telespectadores apresentam suas próprias reações emocionais para essa seqüência de imagens e, em seguida, atribuem seus próprios sentimentos ao rosto do ator.
Entretanto, o trabalho que um um editor exercer, não é simplesmente colar pedaços de um filme, ou cenas de diálogo. Um editor trabalha criativamente com as camadas de imagens, a história, o diálogo, a música, guia a narrativa e o ritmo de uma história, da ênfase a certas coisas que de outra maneira não seriam observadas, cria a ilusão de perigo onde não existe, inventa uma conexão emocional subconsciente de extrema importância para o espectador, “re-criar” e até mesmo reescrever o filme.
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Repost de 16 de abril