Fazer uma reportagem de televisão sobre uma pauta murcha, sem atrativos e boas imagens é algo sempre complicado. Falta material e, na maioria das vezes, repórter e cinegrafista precisam tirar leite de pedra.
Bem ao contrário disso, os grandes eventos fornecem material farto, com riqueza de imagens, personagens e situações comuns ou inusitadas que podem entrar na confecção da matéria. Mas fazer reportagem sobre megaeventos pode ser algo tão complicado quanto fazer a matéria de uma pauta sem graça.
Os grandes eventos como shows, jogos esportivos, bienais e salões de automóvel ou livros oferecem ao repórter uma gama gigantesca de abordagens na matéria e inunda o cinegrafista com possibilidades de uma boa imagem. Acontece que, geralmente, uma reportagem em emissora de TV aberta tem, no máximo dos máximos, três minutos de duração. Isso quando está muito rica em material, pois, normalmente, as matérias de TV não passam de dois minutos.
Sim, televisão, em muitos casos, também é sinônimo de superficialidade. O maior desafio de um repórter em grandes eventos é ser sintético e fazer caber nos poucos minutos de reportagem o máximo de informações e as declarações dos entrevistados.
O segredo para isso é ter foco. O repórter deve elencar as informações e os acontecimentos mais relevantes e usá-los na produção da matéria. O que for menos importante entrará no final da reportagem, se sobrar tempo.
Quando terminamos de escrever tais matérias, parece que ainda faltava um pedaço, que coisas boas deixavam de ser citadas. Esta, abaixo, é do Salão do Livro de Guarulhos deste ano.
Como aqui a ideia é fazer uma reportagem mais institucional, divulgando os eventos que acontecem na cidade, tivemos a liberdade para fazer uma matéria um pouco maior do que as convencionais. Ficou com quatro minutos. O resultado você confere abaixo. Um forte abraço.
Repost de 16 de maio 2012