Bastidores de uma reportagem

Em algumas reportagens, não basta ao repórter ater-se à narração dos fatos e a contar boas histórias. Às vezes, é preciso ir além para conseguir uma informação privilegiada, exclusiva ou mesmo para convencer fontes importantes a darem entrevista (dentro, é claro, dos limites da ética e do bom senso).

Em algumas situações, o repórter também pode colaborar de outras maneiras para a confecção da reportagem. Ele pode simular situações que ajudem na explicação das informações ou então usar da persuasão para obter a melhor imagem para o cinegrafista, como liberar o acesso a lugares restritos ou mesmo pedir às pessoas que o ajudem a demonstrar atitudes determinadas.

Foi o que fizemos em uma reportagem sobre a campanha de vacinação contra a gripe em Guarulhos. Entre as pessoas que devem tomar a vacina, estão os trabalhadores da saúde. Uma das enfermeiras ainda não havia tomado a vacina e, caso ela tomasse, seria uma imagem importante para reforçar a campanha.

A moça chamada Fabiane tinha um imenso medo de agulha. Tentávamos convencê-la apenas na conversa até que ela propôs ao nosso repórter: “Se eu tomar a vacina, você também toma?”. Embora não fizesse parte do público-alvo da campanha, o repórter topou o desafio.

A moça ficou mais tranquila e tomou a vacina, não sem antes fazer uma bela careta. Mas rendeu uma importante imagem na matéria. O amor à profissão é isso: não ter medo de se sacrificar para que o resultado final saia a contento. Agradecemos à gentileza da simpática Fabiane que, mesmo com careta e tudo, cumpriu com a palavra e nos ajudou de muito bom grado. Acompanhe a reportagem abaixo. Um forte abraço.

https://youtu.be/UBdbdGZTOcY

Repost de 28 maio de 2012

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